domingo, 24 de junho de 2007

Noite

Estreitas ruas que se estendem a perder de vista, mal conseguimos passar no meio de tanta gente. Os bares e tipicas tascas estão cheios e a harmonia de uma noite quente de inicio de verão transborda para fora dos recintos fechados. Toda a gente quer estar na rua deste local lindissimo. O som dos sorrisos mistura-se com o tilintar de copos meio cheios e servem de banda sonora a um cenário magnifico... Entre uma conversa e outra vamos buscar mais uma rodada, que não se nos seque a garganta, dizem, e há medida que os bares vão fechando procuramos novo poiso onde se possa beber mais um pouquinho ou simplesmente estar... Na proximidade do olhar desafias-me com conversas interessantes e procuras saber o que penso. Igualmente provocador, respondo-te com argumentos caros e vou buscar o melhor de mim. O teu sorriso cativa e segredo-te baixinho que a cidade nos acolhe e que há noites que nos marcam a vida....

9 comentários:

blindness disse...

No meio das multidões há olhares cujo som nos ensurdece, há sorrisos cujo toque não se esquece nunca. Mesmo que, um pouco mais tarde, o seu cheiro já não seja, afinal, o mesmo. Mas o melhor... o melhor mesmo... o melhor é quando se esgotam os argumentos, e para sempre se perpetuam esses secretos diálogos em surdina. ;)

Abraço.

NoSurprises disse...

Obrigado pelo coment....Muito profundo mas captas bem o que quis dizer....
Abraço

A disse...

It kind of reminds me of Before Sunrise... but I'm guessing that you'll have more than just one night!! ;)

Anónimo disse...

Multidões... Sorrisos que se confundem e misturam...Pessoas que nos rodeiam... Cores, olhares,... Mais uma bebida, um olhar atento, uma palavra que nos faz pensar, que nos desafia e nos leva a outra pergunta, a outra resposta,... Os dados estão lançados... A descoberta... A multidão torna-se indiferente (...) estamos "presos"... Um olhar que nos chama no meio da multidão... Porque? Que esconde? Não queremos respostas... Nada importa (...) Pistas... Pouco a pouco o prazer da partilha, da troca,... Cheiros, cores, olhares fugazes, mais um sorriso, um olhar mais prelongado, atento... Voltamos a misturarnos no meio da multidão mas nada mais importa... Apenas o nosso pequeno tesouro (...)

Black Ship In The Harbour disse...

Questiono-me o que estas pessoas têm a ver com as do post anterior... Será que todos temos um Dr. Jekyll e um Mr. Hyde, no bom sentido, dentro de nós?
De qualquer forma, da mesma maneira que mergulhamos na multidão anónima também, no ambiente certo, libertamos a nossa alma e nos embriagamos com pequenos tesouros: Sons, cheiros, luzes, olhares, sorrisos, palavras, silêncios...

Anónimo disse...

Sevilla tiene un color especial!!

Nesta Cidada...
... entre becos e ruelas, sou o chão que piso, do qual me apaixono. De manhã, deixa-a na cama e parto... procura então outra cidade que se me prostitua.

http://algarve-lido.blog.com
http://despojos.blogspot.com

João

faceless disse...

Vivemos a maior parte das nossas vidas em constante auto-controlo. Neste situação temos de fazer isto, não podemos fazer aquilo. Com aquela pessoa só podemos dizer aquilo, não podemos falar naquilo, ou daquela maneira. Mas há momentos em que nos libertamos, em que a vida se descobre como um lago ante nós, no qual decidimos mergulhar de cabeça, sem defesas. E esse lago é normalmente outra alma, ou pessoa onde nos sentimos realmente em casa. Aquela pessoa em que pensamos: a tua alma é a minha casa, conheço-te há tão pouco tempo mas parece que sempre nos conhecemos. Neste circunstâncias qualquer ambiente nos acolhe e ganha significado, seja o ambiente da noite, seja a simples caminhada domingueira pelas ruas da cidade...
Abraços

palácios disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
palácios disse...

mas a fonte está lá, caso vc não tenha visto: [virginia woolf]